Ultimamente muito se tem falado sobre a esperança, graças, claro está, ao grave período de crise que Portugal e o resto do mundo atravessa neste preciso momento. Muitas vezes me foi dito para ter esperança para, por exemplo, cumprir os objectivos aos quais me propunha, porém nunca gostei de ouvir este paraíso dos cépticos que a esperança é e que tanto declamavam, uma vez que nunca fui dotado de uma grande virtude denominada paciência, portanto digamos, porque é a mais pura das verdades, que sou uma pessoa impaciente.
Creio que ter esperança não fica muito longe de ter paciência e muitas coisas se perdem por excesso desta última, e tal como me ensinaram desde pequenino tudo em excesso faz mal. No que sucede hoje em dia presumo que a impaciência se deveria evidenciar um pouco mais para que aqueles que nos atiram areia aos olhos e nos alimentam de esperanças comecem a aprender algo.
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Ela foi-se, eu fiquei.
A minha esperança um dia foi-se, cansou-se de estar sentada.
Diz-se que temos que ter esperança, que esse deve ser aquele tal sentimento que devemos preservar, acima de todos os outros, que nos protege.
Já não acredito.
Nem todos os sentimentos se preservam, nenhum é eterno. As nossas atitudes e comportamentos incidem sobre aquilo que pensamos e sentimos, no entanto, há milhões de pessoas com depressão diagnosticada neste país - não me parece que a esperança ande por aí.
É de alguma forma incerto o dia de amanhã, mais incerto é o nosso jovem pensamento. Hoje afirmo na minha breve certeza de tudo, que a esperança se foi, se é que algum dia ela existiu.
Um dia fundamentei toda a minha vida na esperança do para sempre, o meu para sempre não existiu. E essa não era a primeira vez que eu fundamentava a minha vida nalgum tipo dessa tal esperança. Houve também um dia em que as minhas certezas diziam que justificava ter comportamentos baseados na esperança de ficar bem, mudar tudo cá dentro. Esses comportamentos também não ajudaram, e a esperança também se foi.
A verdade é que nada se baseia na esperança do que poderá vir a ser, e é tão mais fácil viver apenas com o presente, na certeza da existência do futuro, sem esperar os benefícios que ele poderá trazer.
E esta não é a primeira vez que penso na esperança, e não é certamente a primeira vez que concluo que a esperança é o sonho de grandiosidade que todos anseiam, a esperança é o desejo por algo físico e palpável, sempre maior e melhor. Raras são as excepções. A esperança é como tudo, injusta.
Um dia vou querer dizer que esperei, que acreditei e valeu a pena, o destino guardava-me algo que eu não iria odiar, que me fizesse querer estar presente, que me fizesse acreditar que a esperança existiu e valeu a pena.
Um dia eu quero saber que fui feliz, e que esperar e acreditar me ajudou. Deu-me oportunidade de sonhar e ir mais longe, procurar o meu melhor. Porque eu sou o comum mortal, egoísta e fraco, cuido-me.
Foi tempo.
Diz-se que temos que ter esperança, que esse deve ser aquele tal sentimento que devemos preservar, acima de todos os outros, que nos protege.
Já não acredito.
Nem todos os sentimentos se preservam, nenhum é eterno. As nossas atitudes e comportamentos incidem sobre aquilo que pensamos e sentimos, no entanto, há milhões de pessoas com depressão diagnosticada neste país - não me parece que a esperança ande por aí.
É de alguma forma incerto o dia de amanhã, mais incerto é o nosso jovem pensamento. Hoje afirmo na minha breve certeza de tudo, que a esperança se foi, se é que algum dia ela existiu.
Um dia fundamentei toda a minha vida na esperança do para sempre, o meu para sempre não existiu. E essa não era a primeira vez que eu fundamentava a minha vida nalgum tipo dessa tal esperança. Houve também um dia em que as minhas certezas diziam que justificava ter comportamentos baseados na esperança de ficar bem, mudar tudo cá dentro. Esses comportamentos também não ajudaram, e a esperança também se foi.
A verdade é que nada se baseia na esperança do que poderá vir a ser, e é tão mais fácil viver apenas com o presente, na certeza da existência do futuro, sem esperar os benefícios que ele poderá trazer.
E esta não é a primeira vez que penso na esperança, e não é certamente a primeira vez que concluo que a esperança é o sonho de grandiosidade que todos anseiam, a esperança é o desejo por algo físico e palpável, sempre maior e melhor. Raras são as excepções. A esperança é como tudo, injusta.
Um dia vou querer dizer que esperei, que acreditei e valeu a pena, o destino guardava-me algo que eu não iria odiar, que me fizesse querer estar presente, que me fizesse acreditar que a esperança existiu e valeu a pena.
Um dia eu quero saber que fui feliz, e que esperar e acreditar me ajudou. Deu-me oportunidade de sonhar e ir mais longe, procurar o meu melhor. Porque eu sou o comum mortal, egoísta e fraco, cuido-me.
Foi tempo.
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
A Esperança nesta minha humanidade
Flutuo alto. Não baixo, em baixo ficam os frágeis e tolos. Voou longe. Estou sem esperança.
Para onde foi esse sentimento de esperança. Esse sorriso e essa vendeta? Algures no tempo. Numa caverna esconde-se o ultimo refúgio do além. Do ser em busca de um doce tocar de renovação, e intelectualização. Na ordem. Na sua ordem. A ordem que devia ser a que rege e elege o que se deve fazer. A seguir, e não vou fingir, vem a minha confissão: não tenho esperança. Mas por esta altura já é perceptível o sentimento de pura desilusão. Desilusão pois fiz questão de ter sempre razão, quando procurava edificar princípios para os cultos e incultos.
A esperança, essa que aguarde e fique, na mente das crianças. Aquelas que ainda esperam pelo que desejam ver feito. Aqueles que sonham e se portam bem, na espera aguardada, claro, de verem o seu esforço ser recompensado pelo seu elaborado trabalho. Mas nada se mexe. Tudo enlouquece. A espera é cansativa, dedutiva e certamente conclusiva. Nada acontece. E este ser, que aprendeu que quem espera, nunca alcança, decide agir. Digo-o, de minha justiça, pois também eu fui assim.
Hoje não. Hoje soletro o que penso. Reflicto no que compreendo. E por vezes, digo de minha justiça o que é, mesmo não sendo. Hoje sou um insubordinado, não pertenço a ninguém e não sou preso ou aficionado a nada, nem a um ser humano, ou a uma qualquer maioria eleitoral. Hoje sou um símbolo na minha mente de siglas e códigos lógicos, sem relógios. Ninguém cumpre horários na minha mente. Hoje, sou um ser esperança. E sem esperança, nada espero. Faço tudo por minha conta. É uma doença confiar em alguém. Não confio em mais ninguém. Sou eu que rego e ordeno o meu ser e parecer. Ninguém irá fazer nada por mim, não porque não me apreciem, mas porque dispenso ajuda. Dispenso que me façam erguer o meu sorriso, num agradecimento. Se um dia o faço, lentamente enlouqueço!
Não. Hoje não tenho esperança. Hoje sei que a humanidade se rege por um parecer imprevisível. Nem da incerta humanidade eu espero a sua imperfeição. Não espero, pois se esperasse, teria esperança. E não me rego por esse sentimento. Eu sigo por um caminho. O meu caminho. E o meu caminho não tem sentido, por isso, não o entendam. Não o esquematizem. Não o matematizem, nem o percebam. Não quero que o façam, nem agora nem nunca. E retiro o que disse, chamei à humanidade imperfeita pela sua imprevisibilidade. Quero que a humanidade continue assim e não entendem o que disse como critica. Já perdi a esperança na humanidade, mas não perdi o interesse. A humanidade continua-me a surpreender. A sua genialidade em corromper e maltratar os seus princípios e ideias, é de loucos. É de poucos e é de louvar. Continuem, por favor.
Que me distraiam. E que me façam pensar noutros assuntos. Noutras coisas que não a minha falta de esperança. A minha falta de edificação, no meu coração. Na rara alteração da minha percepção, nesta óbvia podridão. Por favor, continuem. São imprevisíveis. Não tenho mais esperança em ti, humanidade.
24.02.09
Para onde foi esse sentimento de esperança. Esse sorriso e essa vendeta? Algures no tempo. Numa caverna esconde-se o ultimo refúgio do além. Do ser em busca de um doce tocar de renovação, e intelectualização. Na ordem. Na sua ordem. A ordem que devia ser a que rege e elege o que se deve fazer. A seguir, e não vou fingir, vem a minha confissão: não tenho esperança. Mas por esta altura já é perceptível o sentimento de pura desilusão. Desilusão pois fiz questão de ter sempre razão, quando procurava edificar princípios para os cultos e incultos.
A esperança, essa que aguarde e fique, na mente das crianças. Aquelas que ainda esperam pelo que desejam ver feito. Aqueles que sonham e se portam bem, na espera aguardada, claro, de verem o seu esforço ser recompensado pelo seu elaborado trabalho. Mas nada se mexe. Tudo enlouquece. A espera é cansativa, dedutiva e certamente conclusiva. Nada acontece. E este ser, que aprendeu que quem espera, nunca alcança, decide agir. Digo-o, de minha justiça, pois também eu fui assim.
Hoje não. Hoje soletro o que penso. Reflicto no que compreendo. E por vezes, digo de minha justiça o que é, mesmo não sendo. Hoje sou um insubordinado, não pertenço a ninguém e não sou preso ou aficionado a nada, nem a um ser humano, ou a uma qualquer maioria eleitoral. Hoje sou um símbolo na minha mente de siglas e códigos lógicos, sem relógios. Ninguém cumpre horários na minha mente. Hoje, sou um ser esperança. E sem esperança, nada espero. Faço tudo por minha conta. É uma doença confiar em alguém. Não confio em mais ninguém. Sou eu que rego e ordeno o meu ser e parecer. Ninguém irá fazer nada por mim, não porque não me apreciem, mas porque dispenso ajuda. Dispenso que me façam erguer o meu sorriso, num agradecimento. Se um dia o faço, lentamente enlouqueço!
Não. Hoje não tenho esperança. Hoje sei que a humanidade se rege por um parecer imprevisível. Nem da incerta humanidade eu espero a sua imperfeição. Não espero, pois se esperasse, teria esperança. E não me rego por esse sentimento. Eu sigo por um caminho. O meu caminho. E o meu caminho não tem sentido, por isso, não o entendam. Não o esquematizem. Não o matematizem, nem o percebam. Não quero que o façam, nem agora nem nunca. E retiro o que disse, chamei à humanidade imperfeita pela sua imprevisibilidade. Quero que a humanidade continue assim e não entendem o que disse como critica. Já perdi a esperança na humanidade, mas não perdi o interesse. A humanidade continua-me a surpreender. A sua genialidade em corromper e maltratar os seus princípios e ideias, é de loucos. É de poucos e é de louvar. Continuem, por favor.
Que me distraiam. E que me façam pensar noutros assuntos. Noutras coisas que não a minha falta de esperança. A minha falta de edificação, no meu coração. Na rara alteração da minha percepção, nesta óbvia podridão. Por favor, continuem. São imprevisíveis. Não tenho mais esperança em ti, humanidade.
24.02.09
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Boas Vindas ao novo membro
Venho dar as boas vindas ao novo membro do blog, SerAlguemNoEscuro (que veio substituir o ausente Pedro F). Os contribuidores são agora 50%-50%, dois rapazes e duas raparigas. Esperemos que gostes da tua estadia neste blog.
O tema desta semana é a esperança, já esta sexta podes colocar aqui o teu primeiro texto, a partir de sexta e até domingo. Segunda surge um novo tema =)
Cumprimentos e bem-vinda!
O tema desta semana é a esperança, já esta sexta podes colocar aqui o teu primeiro texto, a partir de sexta e até domingo. Segunda surge um novo tema =)
Cumprimentos e bem-vinda!
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Música: Together we will live Forever
Para melhor expor a música que me toca, decidi fazer um vídeo, com um texto meu. Podem intreperta-lo como uma nova abordagem ao mundo da escrita. Mas no fundo, foi algo que me ocorreu quando ouvia esta música “Together we will live forever”, do fantástico filme “The Fountain”. Recomendo o filme, assim como a banda sonora.
Espero portanto, ao dar o meu contributo neste tema, que o blog seja relançado após este breve intervalo. Cumprimentos. (Ni, espero teu tema =)
Espero portanto, ao dar o meu contributo neste tema, que o blog seja relançado após este breve intervalo. Cumprimentos. (Ni, espero teu tema =)
Subscrever:
Mensagens (Atom)