domingo, 12 de outubro de 2008

Um dia de muitos dias

Lembro-me de dias por pedaços. Dias inteiros que ficaram sempre em mim e que me farão acordar diferente sempre.
São muitos os dias diferentes, mais difíceis, mais bonitos, mais cheios de nós e que nos enchem de sentir(es) estranho(s) que mexem qualquer coisa cá dentro que acalma e agita o coração.
Mas há um dia cheio. Não perfeito, mas cheio de tudo. Começou como os outros, com o som do despertador a descolar as pálpebras. Estava quente. A voz fria e indiferente solta, sem parar, a notícia. Morreu. O dia alonga-se na normalidade das horas. Os olhos pesam sem ter sono, só cansaço. Tristeza. Preciso, sem pedir, de palavras… outras… não sei quais.
Finalmente em casa.
Sem vontade, mas com consciência, abro a caixa de endereço electrónico. Uma mensagem linda, daquelas “lamechas” mas que sabem bem. Reparo nas horas. Parece coincidência.
À noite, procurei as estrelas. Céu limpo. Sem estrelas. Deito-me e fecho os olhos… assim esperava o escuro. O pensamento não sabe em que pensar. O sentimento tropeça nas voltas da vida. A vontade de um abraço vence. Toca o telemóvel, chegam aquelas palavras. Mimos. Puro carinho. “Tenho a certeza que estás com um sorriso lindo…” faz-me sorrir.
Afinal havia estrelas.

1 comentário:

Ingratidão disse...

Revejo-me neste teu texto. Também me fez sorrir a mim. =)
Espero com atenção e curiosidade, pelo tema que vais escolher. Beijo e até lá *