Tentei guadar dias... dias diferentes, inteiros... Queria que fossem especiais. Chegava à noite, cansada, percorria os segundos e nada era diferente. Hoje, ontem, amanhã... nada tinham de diferente senão a data. Eram acumular de segundos de esperança mal-tratada, eram noites em que se inventavam estrelas para oferecer à procura do sorriso que não chega... eram braços vazios de abraços e alma desesperada por um dia diferente...
segunda-feira, 15 de junho de 2009
terça-feira, 19 de maio de 2009
dor que mais dói
A dor que mais dói é não conseguir fugir e enganar a consciência que constantemente acorda por doer.
A alma que dói chora fundo.
sábado, 16 de maio de 2009
A dor e a chuva
Não sei o que aflige a todos os seres, até mesmo aos mais pequenos, mas apenas sei o que mim me diz respeito. Sentir dor, seja a física ou a da alma, é sempre desagradável e nem sempre inevitável, porém sou daqueles cuja opinião se declina a favor da dor da alma como que a mais sentida e a menos visível.
Por vezes gostaria de me poder ligar às pessoas, saber o que sentem, apenas pelo toque, assim como a chuva que cai e nos toca no rosto descendo até ao queixo e que, por fim, cede, lendo, nesse pequeno trajecto feito, o sentimento que por trás da pele, músculos, pequenas fibras, tecidos, ossos e órgãos se esconde. Se eu fosse a chuva, que torna possível a ligação entre céu e terra, que nunca em toda a eternidade se misturarão, poderia, eu, ligar dois corações? Contudo, se os nossos pensamentos e sentimentos já nos servem para atormentar não queiramos nós entrar no dos outros...
Por vezes gostaria de me poder ligar às pessoas, saber o que sentem, apenas pelo toque, assim como a chuva que cai e nos toca no rosto descendo até ao queixo e que, por fim, cede, lendo, nesse pequeno trajecto feito, o sentimento que por trás da pele, músculos, pequenas fibras, tecidos, ossos e órgãos se esconde. Se eu fosse a chuva, que torna possível a ligação entre céu e terra, que nunca em toda a eternidade se misturarão, poderia, eu, ligar dois corações? Contudo, se os nossos pensamentos e sentimentos já nos servem para atormentar não queiramos nós entrar no dos outros...
sexta-feira, 15 de maio de 2009
A minha desilusão dá lugar a algo, completamente novo
Desilusão, raiz dos únicos problemas que me atormentam neste momento. Neste preciso momento. Tudo o resto para mim não é nada. A desilusão é a única coisa que existe. E é a fonte, da dor de cabeça que tenho, do meu estado de espírito actual, e das longas conversas que tive o cuidado de partilhar hoje, com amigos e colegas. Não porque eles precisavam. Mas porque eu precisava.
Reconheço a origem deste tormento que teima em não me largar, e parece-me óbvio qual é. O problema da desilusão surge do exagero das ilusões. Mas a verdade é que eu nunca soube que era um exagero, se não nunca teria tido ilusões. Se fossem de facto um exagero, então teria sonhos. Mas não o eram. Todos os meus desejos e projectos eram ilusões. Ilusões possíveis de se concretizarem. E apesar de lhes chamar ilusões, ainda assim, tinham hipóteses de se acontecerem.
A minha mente raciocinou, montou e calculou. Para chegar a uma resposta logicamente certa, toda a minha consciência virou um exercício matemático, e o resultado foi positivo. O futuro parecia ser aquele que eu queria. E mesmo assim, assumi que eram ilusões. Assumi que andava a elucidar as minhas ideias e a toldar a visão da realidade. E fi-lo, porque num último acto de puro êxtase, acreditei que as coisas iam correr como eu queria. Não fosse a realidade bater-me de frente, e mostrar quem manda.
Agora que vejo, entendo a desilusão. Parece-me comum e justo ter projectos que no fim, serão apenas mais um documento numa longa biblioteca de falhanços. Não me posso queixar, nem mesmo elogiar, pelas minhas ideias. São ideias com um início em todos os intelectuais que estudei e revi, mas no fim, tudo ia dar a mim. O meu projecto, o meu mundo de hipóteses. A minha visão de algo diferente. Algo melhor. E as minhas ilusões, que cheguei mesmo a pensar no sucesso de tal empresa, simplesmente falharam.
E agora que contemplo tudo isto que jurei erguer, com o meu suor e voz, vejo que tudo não passa de uma enorme desilusão. Que enquanto montava as minhas ilusões, os meus projectos e os meus sucessos, não julguei que poderia falhar. Enquanto corria no meu pensar festas e comemorações, quem sabe brindes até não poder mais, não considerei a hipótese de tudo correr mal. Agora, tudo caiu. Tudo o que quis caiu. E as ilusões com que me enchi tornaram-se uma droga, que me faz vergonha só de ver.
E enquanto a desilusão se apodera de mim, não controlo mais quem sou, muito menos quem jurei ser. E assim, desiludido e caído pelo peso do falhanço de quem infelizmente sou, sinto uma nova cor em mim. Um novo sentimento, que ainda me deixa sentir a desilusão, e ainda assim, explora novos terrenos no meu ser. Este sentimento magoa, mais do que qualquer ilusão. Este sentimento causa-me marcas e feridas. E a larga cicatriz que desenha agora no meu peito, como assinatura de uma obra de arte acabada, chama-se Dor. E dói, dói muito.
Sorriso Ingrato – 15.05.09
Reconheço a origem deste tormento que teima em não me largar, e parece-me óbvio qual é. O problema da desilusão surge do exagero das ilusões. Mas a verdade é que eu nunca soube que era um exagero, se não nunca teria tido ilusões. Se fossem de facto um exagero, então teria sonhos. Mas não o eram. Todos os meus desejos e projectos eram ilusões. Ilusões possíveis de se concretizarem. E apesar de lhes chamar ilusões, ainda assim, tinham hipóteses de se acontecerem.
A minha mente raciocinou, montou e calculou. Para chegar a uma resposta logicamente certa, toda a minha consciência virou um exercício matemático, e o resultado foi positivo. O futuro parecia ser aquele que eu queria. E mesmo assim, assumi que eram ilusões. Assumi que andava a elucidar as minhas ideias e a toldar a visão da realidade. E fi-lo, porque num último acto de puro êxtase, acreditei que as coisas iam correr como eu queria. Não fosse a realidade bater-me de frente, e mostrar quem manda.
Agora que vejo, entendo a desilusão. Parece-me comum e justo ter projectos que no fim, serão apenas mais um documento numa longa biblioteca de falhanços. Não me posso queixar, nem mesmo elogiar, pelas minhas ideias. São ideias com um início em todos os intelectuais que estudei e revi, mas no fim, tudo ia dar a mim. O meu projecto, o meu mundo de hipóteses. A minha visão de algo diferente. Algo melhor. E as minhas ilusões, que cheguei mesmo a pensar no sucesso de tal empresa, simplesmente falharam.
E agora que contemplo tudo isto que jurei erguer, com o meu suor e voz, vejo que tudo não passa de uma enorme desilusão. Que enquanto montava as minhas ilusões, os meus projectos e os meus sucessos, não julguei que poderia falhar. Enquanto corria no meu pensar festas e comemorações, quem sabe brindes até não poder mais, não considerei a hipótese de tudo correr mal. Agora, tudo caiu. Tudo o que quis caiu. E as ilusões com que me enchi tornaram-se uma droga, que me faz vergonha só de ver.
E enquanto a desilusão se apodera de mim, não controlo mais quem sou, muito menos quem jurei ser. E assim, desiludido e caído pelo peso do falhanço de quem infelizmente sou, sinto uma nova cor em mim. Um novo sentimento, que ainda me deixa sentir a desilusão, e ainda assim, explora novos terrenos no meu ser. Este sentimento magoa, mais do que qualquer ilusão. Este sentimento causa-me marcas e feridas. E a larga cicatriz que desenha agora no meu peito, como assinatura de uma obra de arte acabada, chama-se Dor. E dói, dói muito.
Sorriso Ingrato – 15.05.09
sábado, 2 de maio de 2009
O meu voar
O meu voar é o meu sonho, voar fazia-me feliz.
Ai, se eu pudesse voar, eu não estava aqui, eu ia por aqui e por ali até encontrar o meu sitio ideal, e nem ai pousava. Ficava a olhar e a apreciar, se pousasse podia deixar de ser perfeito, e eu quero algo perfeito. Voar fazia-me perfeita. No ar toda a gente é estrela.
Ai, se eu pudesse voar, eu não estava aqui, eu ia por aqui e por ali até encontrar o meu sitio ideal, e nem ai pousava. Ficava a olhar e a apreciar, se pousasse podia deixar de ser perfeito, e eu quero algo perfeito. Voar fazia-me perfeita. No ar toda a gente é estrela.
Mentir
A minha maior mentira é fingir ser. Todos os dias eu minto. Eu minto-te. Minto a toda a gente. Minto a quem quer ser enganado e quem não quer. Eu sei que também me mentem, mentir é humano. Mentir é necessidade. Eu minto por não saber ser eu, minto pela falta do que me faz dizer a verdade. Quem não mente?
terça-feira, 28 de abril de 2009
voar para voar
Gostava de poder voar só para voar um pouco para fora de mim... poder olhar-me nos olhos e descobrir-me... e voar.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
A mentira que peca por ser necessária
A minha pior mentira, e de tantas outras almas por aí espalhadas, creio, roubando algumas palavrinhas a Bernardo Soares, é ser, em determinadas situações, como um actor em palco, está lá, porém, ao mesmo tempo, é outra coisa.
domingo, 26 de abril de 2009
Sentido Voador
Levanta as asas e voa anjo. Pois és perfeito, feliz e altruísta. Sorri, pois para ti o mundo é belo. Os teus olhos são grandes. Olhas para todo o lado como se fosses criança curiosa. Sorris, pois és feliz. Levanta os braços anjo, e abraça o mundo. Dança comigo anjo. Leva-me para esse teu mundo azul e plano. Deixa-me agarrar a tua mão e leva-me contigo. Bate essas asas brancas e faz de mim um anjo. Limpa-me de cicatrizes e de defeitos. Leva-me para esse mundo belo e voador. Leva-me para onde quiseres. Faz-me respirar nessas nuvens gigantes. Abraça-me anjo. Explica-me o que é o mundo. Faz-me o ser mais feliz do mundo. Beija-me anjo. Faz-me feliz anjo imaculado. Temo por ti anjo. E se te cortam as asas? Terão os teus anjos amigos, alguma maneira de te trazer de volta. Ou serás tu enterrado abaixo do solo como um renegado? Não, fiques triste anjo. Caíste a Terra e não consegues voar. Os teus anjos amigos ainda sorriem, como tu. Voam para a Terra para te abraçar, beijar e te levarem para um dança que só eles sabem. Todos sorriem, todos cantam. São anjos alegres, de olhos abertos para o mundo belo que admiram. Caíste para terra mas não estas triste. Cortaram-te as asas anjo. Mas és um ser perfeito e belo. Não voas mas existes. E isso, ninguém te tira. Ah, anjos voadores, levem-me convosco. Agarrem-me e não me deixem fugir. Levem-me nos vossos braços e deixem-me dormir, abraçado a vossos. Rodeado pela vossa felicidade e bênção. Sinto-me bem. Amado e feliz. Cantem me uma melodia de anjos e façam me esquecer o meu mundo, nem que por minutos. Adeus anjos. Pois, não sou o único a precisar de ser amado. Cuidem de quem mais sofre. Obrigado pela viagem, um abraço e até a próxima vez que me poderem ver, aqui na Terra, fechado no meu pequeno mundo redondo. A espera, a espera de voar convosco. A espera de ser anjo.
11/12.10.06 Anjo por um dia, ser humano toda a vida
11/12.10.06 Anjo por um dia, ser humano toda a vida
A grande Mentira foi ser verdadeiro
Mentira. A minha maior mentira, foi dizer que digo sempre verdade. Porque o poder da mentira, revolucionou o meu mundo. O facto de eu poder dizer algo sabendo da sua certa falsidade, e ainda por cima ver que todos acreditam em mim, fez-me notar o poder da palavra. E menti. Menti muitas vezes. Por vezes por necessidade extrema, outras por vontade mesquinha. Mas admito-o. Não que isso conte para alguma coisa. E hoje que penso nisso, reflicto. SOU bom a mentir. Não exige uma grande arte, a mentira. Não é preciso muito, talvez seja apenas necessário dispensar de algumas coisas. Cortar com a alma. Cortar com o peso na consciência. Cortar com a sinceridade do olhar. E estamos aptos a mentir e a elucidar todos aqueles que se apresentem à nossa frente.
Vantagens? Haverá alguma vantagem na mentira? A verdade é que quando mentimos, alcançamos algo. Ou conseguimos evitar que algo nos afecte. E esta possibilidade altera toda a nossa percepção do exterior. Porque quando se está a mentir, o mundo altera o seu rumo. O rio já não desce do cimo da montanha para baixo. Os pássaros já não voam. As pessoas já não te olham de lado. Tu és rei, tu és o lorde destas terras. Submetes todos ás tuas palavras. E todos te acreditam em ti. Porque tu até és um bom rapaz! Não fazes mal a ninguém. E só dizes a verdade. Ou pelo menos deveria ser assim. Todos te olham de frente e felizes, até perceberem que mentiste. E que mentiras disseste tu! Tudo isto, apenas para venceres, por uma vontade tão mesquinha e infantil, de ter razão.
Mentir, é admitir que se tem medo das consequências que podem ocorrer das tuas consequências. E nada deve ser suficientemente terrível, para te obrigar. A minha maior mentira, foi dizer que só digo a verdade. E recordo me actualmente, não sei bem como, de grande parte das mentiras que disse. Não das inofensivas, mas daquelas que as suas consequências afectaram alguém. Claro que não me afectaram a mim. E por isso é que menti! Mas afectaram a minha consciência, que calada aguentou com todas as minhas mentiras. Com todo o meu passado que mais ninguém conhece para além de mim. E menti, por mim e para mais ninguém. Porque me acho desinteressante. E quando faço algo, quero ter os lucros da vitória, mas nunca as consequências da derrota.
Recordo portanto, os pobres rapazes que injustamente foram acusados de partirem o vidro do ginásio, naquele último verão do século XX. Recordo aquelas meninas que com palavras bonitas ludibriei, para estarem do meu lado. Recordo todos os testes que copiei, e que menti descaradamente que não o fiz. Pode parecer pouco e inocente, mas o vício de o fazer foi tanto, que se não o tivesse feito, hoje estaria provavelmente um ano atrasado nos estudos. Recordo especialmente as pessoas, poucas mas impossíveis de negar, que enganei com todos os dentes da boca. Que as fiz acreditarem em mim e me acompanharem com orgulho. E estas mentiras, não me deixam. Quero dizer a verdade, mas a maioria das vezes já é tarde demais para admiti-la.
Está tudo dito. Menti e não o vou negar. Não quero mentir outra vez. Tudo começa com pequenas mentiras de criança. E acaba assim, inutilmente e estupidamente, sem sentido.
26.04.09
Vantagens? Haverá alguma vantagem na mentira? A verdade é que quando mentimos, alcançamos algo. Ou conseguimos evitar que algo nos afecte. E esta possibilidade altera toda a nossa percepção do exterior. Porque quando se está a mentir, o mundo altera o seu rumo. O rio já não desce do cimo da montanha para baixo. Os pássaros já não voam. As pessoas já não te olham de lado. Tu és rei, tu és o lorde destas terras. Submetes todos ás tuas palavras. E todos te acreditam em ti. Porque tu até és um bom rapaz! Não fazes mal a ninguém. E só dizes a verdade. Ou pelo menos deveria ser assim. Todos te olham de frente e felizes, até perceberem que mentiste. E que mentiras disseste tu! Tudo isto, apenas para venceres, por uma vontade tão mesquinha e infantil, de ter razão.
Mentir, é admitir que se tem medo das consequências que podem ocorrer das tuas consequências. E nada deve ser suficientemente terrível, para te obrigar. A minha maior mentira, foi dizer que só digo a verdade. E recordo me actualmente, não sei bem como, de grande parte das mentiras que disse. Não das inofensivas, mas daquelas que as suas consequências afectaram alguém. Claro que não me afectaram a mim. E por isso é que menti! Mas afectaram a minha consciência, que calada aguentou com todas as minhas mentiras. Com todo o meu passado que mais ninguém conhece para além de mim. E menti, por mim e para mais ninguém. Porque me acho desinteressante. E quando faço algo, quero ter os lucros da vitória, mas nunca as consequências da derrota.
Recordo portanto, os pobres rapazes que injustamente foram acusados de partirem o vidro do ginásio, naquele último verão do século XX. Recordo aquelas meninas que com palavras bonitas ludibriei, para estarem do meu lado. Recordo todos os testes que copiei, e que menti descaradamente que não o fiz. Pode parecer pouco e inocente, mas o vício de o fazer foi tanto, que se não o tivesse feito, hoje estaria provavelmente um ano atrasado nos estudos. Recordo especialmente as pessoas, poucas mas impossíveis de negar, que enganei com todos os dentes da boca. Que as fiz acreditarem em mim e me acompanharem com orgulho. E estas mentiras, não me deixam. Quero dizer a verdade, mas a maioria das vezes já é tarde demais para admiti-la.
Está tudo dito. Menti e não o vou negar. Não quero mentir outra vez. Tudo começa com pequenas mentiras de criança. E acaba assim, inutilmente e estupidamente, sem sentido.
26.04.09
segunda-feira, 20 de abril de 2009
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Desistir ou não desistir? Eis a questão
Começar por dizer que não desisto é, desde já, a mais pura das mentiras, pois cada alminha viva, por vezes, dependendo da situação ou estado de espírito ou até mesmo por uma questão de bom senso, já se absteve de alguma coisa. Desistir é uma revelação, sendo esta uma afirmação com dois possíveis cenários, uma vez que pode revelar, por um lado, fraqueza de espírito ou, por outro lado, prudência. É também, não esqueçamos o óbvio, uma decisão, e sendo uma há que a saber tomar quando devidamente necessária e não refutá-la de imediato sem uma ponderação prévia, até porque mais são os desistentes que os fracassados.
Tendo sido o tema original, "eu não desisto", termino este texto dizendo, Eu não desisto de tomar a decisão mais acertada.
Tendo sido o tema original, "eu não desisto", termino este texto dizendo, Eu não desisto de tomar a decisão mais acertada.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Desistir.
Eu não desisto porque até o mais reles ser no mundo precisa de coragem para o fazer, e eu nem essa tenho. Ao contrário do que dizem e falam, desistir não faz parte do vocabulário dos fracos, faz parte do dos fortes.
A minha vida é levada como o vento, pelo vento, na vontade de quem a quer. Eu fico a ver passar e a olhar, às vezes ponho-me na minha pele e ajo, normalmente é quando pareço louca, depois penso em desistir, e não consigo.
Desistir é capacidade dos conscientes, dos capazes, dos decididos, dos corajosos. Desistir é difícil, tem consequências, é cruel.
Eu queria ter desistido. Falham-me as palavras quando me tocam os sentimentos, e volto a pensar em desistir. Queria tanto. Pouso o lápis. Durmo. É o mais próximo de desistir que consigo.
A minha vida é levada como o vento, pelo vento, na vontade de quem a quer. Eu fico a ver passar e a olhar, às vezes ponho-me na minha pele e ajo, normalmente é quando pareço louca, depois penso em desistir, e não consigo.
Desistir é capacidade dos conscientes, dos capazes, dos decididos, dos corajosos. Desistir é difícil, tem consequências, é cruel.
Eu queria ter desistido. Falham-me as palavras quando me tocam os sentimentos, e volto a pensar em desistir. Queria tanto. Pouso o lápis. Durmo. É o mais próximo de desistir que consigo.
domingo, 12 de abril de 2009
Eu não desisto
Eu não desisto. Eu ainda aqui estou. Eu fiz as minhas escolhas. Eu recebi as consequências terríveis das minhas decisões. Eu aceito o meu destino. E agora, que se lixe.
Eu não desisto, porque não me apetece. Porque me parece triste pensar que eu sou o único a querer partir. Oiço histórias de gente que se quer ir embora. Que transforma as pontes, conhecidos elos de ligação entre terras separadas por águas pouco profundas, em meros ferros altos com um salto e um suicídio directo. Eles desistiram. Mas não desistem todos. Alguns ainda cá estão. Outros tencionam por cá ficar consoante a sua vida. E contudo, a maioria tenciona viver até ao fim da vida. Pessoalmente não vejo porquê. O que anseia um ser, que quer viver até ao seu imparável coração desistir? Que deseja ele?
Uma família. Um cão talvez. Filhos. Um carro grande para levar a família para fora no fim-de-semana. Uma casa. Escola para os pequenos, faculdade para os maiores, trabalhar até à reforma para os graúdos. Não me motiva. Não me surpreende. Não me conquista. E contudo, não desisto. Será que também eu procuro o meu pequeno vício. O meu desejo para o resto da minha vida. Não sei pelo que anseio. Não sei para onde vou nem onde estou. Mas de momento não me preocupo. Aceito as verdades dadas como verdadeiros. Não questiono a realidade que é dada a acreditar. E aguento. Silenciado pelo punho forte da justiça. Preocupado com a poesia e alma errante. Sem desistir, ainda aqui.
Até quando? Não sei. Sei que não quero parar de viver. Apenas gostaria de viver noutro sítio. Agora, agora mesmo. Se calhar sofro da doença constante do ser humano. A eterna insatisfação. Não me parece. Esta dor de que sofro não tem nome. Não lhe dou um nome. Se tivesse um nome, já haveria a cura. Ou pelo menos a procura dela. Já haveriam livros, teses e conversas a falar sobre esta insatisfação. Esta frustração. Mas não existem. Nada define o que sinto. Tudo define o que eu deveria sentir. Mas não conto nada. Não vejo nada. Não acredito em nada. Resguardo-me no meu canto. Eu mais a minha doença rara, sem nome ou face para a descrever. Aguento-me, num silêncio puro e real.
Salto e acordo. Eu não desisto. É verdade. Não desisto porque se desistisse, não seria aliviado. Não teria vantagens. Não teria imagens. Não teria eu. E por muito que me despreze. Por muito que veja que a vida é difícil, e que a luta ainda vai no inicio. Concluo sempre, que desistir seria o fim. E gostaria que o meu fim fosse algo mais produtivo. Algo mais inteligente. Algo mais digno. Algo mais real. E desistir seria assassinar esse meu fim. Essa parede branca. Esse incompleto e tolo momento de puro silencio. Um silencio eterno sem nome para o definir. Não desisto, porque espero. Espero lá chegar, com alguma glória.
12.04.09
Eu não desisto, porque não me apetece. Porque me parece triste pensar que eu sou o único a querer partir. Oiço histórias de gente que se quer ir embora. Que transforma as pontes, conhecidos elos de ligação entre terras separadas por águas pouco profundas, em meros ferros altos com um salto e um suicídio directo. Eles desistiram. Mas não desistem todos. Alguns ainda cá estão. Outros tencionam por cá ficar consoante a sua vida. E contudo, a maioria tenciona viver até ao fim da vida. Pessoalmente não vejo porquê. O que anseia um ser, que quer viver até ao seu imparável coração desistir? Que deseja ele?
Uma família. Um cão talvez. Filhos. Um carro grande para levar a família para fora no fim-de-semana. Uma casa. Escola para os pequenos, faculdade para os maiores, trabalhar até à reforma para os graúdos. Não me motiva. Não me surpreende. Não me conquista. E contudo, não desisto. Será que também eu procuro o meu pequeno vício. O meu desejo para o resto da minha vida. Não sei pelo que anseio. Não sei para onde vou nem onde estou. Mas de momento não me preocupo. Aceito as verdades dadas como verdadeiros. Não questiono a realidade que é dada a acreditar. E aguento. Silenciado pelo punho forte da justiça. Preocupado com a poesia e alma errante. Sem desistir, ainda aqui.
Até quando? Não sei. Sei que não quero parar de viver. Apenas gostaria de viver noutro sítio. Agora, agora mesmo. Se calhar sofro da doença constante do ser humano. A eterna insatisfação. Não me parece. Esta dor de que sofro não tem nome. Não lhe dou um nome. Se tivesse um nome, já haveria a cura. Ou pelo menos a procura dela. Já haveriam livros, teses e conversas a falar sobre esta insatisfação. Esta frustração. Mas não existem. Nada define o que sinto. Tudo define o que eu deveria sentir. Mas não conto nada. Não vejo nada. Não acredito em nada. Resguardo-me no meu canto. Eu mais a minha doença rara, sem nome ou face para a descrever. Aguento-me, num silêncio puro e real.
Salto e acordo. Eu não desisto. É verdade. Não desisto porque se desistisse, não seria aliviado. Não teria vantagens. Não teria imagens. Não teria eu. E por muito que me despreze. Por muito que veja que a vida é difícil, e que a luta ainda vai no inicio. Concluo sempre, que desistir seria o fim. E gostaria que o meu fim fosse algo mais produtivo. Algo mais inteligente. Algo mais digno. Algo mais real. E desistir seria assassinar esse meu fim. Essa parede branca. Esse incompleto e tolo momento de puro silencio. Um silencio eterno sem nome para o definir. Não desisto, porque espero. Espero lá chegar, com alguma glória.
12.04.09
terça-feira, 7 de abril de 2009
só porque amo...
Eu não desisto só porque amo... e quando penso em desistir dou por mim a sentir fundo. E quem sente fundo e ama tem alma que não desiste.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Se assim fosse..
Caso tudo fosse diferente ia além da imaginação e criaria as asas de cera que Dédalo fizera para si e seu filho Ícaro, mas, ao invés deste último, utilizá-las-ia para fugir à realidade enfadonha e monótona do nosso quotidiano, porém, com a devida cautela para não me aproximar do sol em demasia e cair. De cair, graças a outras estrelas ou corpos celestes, já estou eu cansado (e dorido).
Só, percorrer céu e terra, nem por um mísero dia que fosse seria o suficiente para ser diferente e permitir o alívio de minh'alma. Se assim fosse..largar-me-ia da amarga realidade e embraçar-me-ia no vento. Destino? Desconhecido...
PS: Ni, desculpa o "assalto" ao teu blog, mas esta imagem era exactamente o que procurava. ;) Beijinho
Só, percorrer céu e terra, nem por um mísero dia que fosse seria o suficiente para ser diferente e permitir o alívio de minh'alma. Se assim fosse..largar-me-ia da amarga realidade e embraçar-me-ia no vento. Destino? Desconhecido...
PS: Ni, desculpa o "assalto" ao teu blog, mas esta imagem era exactamente o que procurava. ;) Beijinho
terça-feira, 31 de março de 2009
E se tudo fosse diferente?
Se tudo fosse diferente, seriamos felizes. Pulávamos de pura histeria e morríamos todos de poluição sonora. Isto, se tudo fosse diferente. E afirmo-o sem rodeios. Pois, queixamo-nos de tudo. De todas as coisa, todas as horas do dia. Logo, se tudo fosse diferente, leva-me a crer que seríamos todos o oposto do que hoje somos. E aqueles que são felizes, como minoria que representam nesta sociedade, não me chateia se o deixassem de ser. Mas agora que penso no assunto, considero que mesmo os felizes continuariam felizes, pela pura incompreensão e irracionalidade que é ser-se feliz. Chega a ser tolo, sorrir e pular de felicidade. Mas respeito. È como o amor, só entende quem está por dentro. E os de fora, limitem-se a tapar os olhos, ou a apreciar o espectáculo que os apaixonados mostram sem pudor, sem vergonha, sem problemas. Entendo-os. Invejo-os.
Penso que se tudo fosse diferente, seria uma confusão. As coisas já são assim há tanto tempo, que me custa imaginar. E não afirmo esta dificuldade, por ter uma visão instruída para olhar em frente, não. Digo-o apenas, pois o “tudo” hoje é simples para quem o vive, apesar de complicado para quem o recusa. Aliás, para quem ainda tem paciência para o recusar. Porque de uma coisa não duvido, passa-nos na cabeça pelo menos uma vez, recusar o mundo como ele é. Até se revelar um projecto demasiado grande para nós. Imagino se fosse o contrário. A verdade é que as coisas são como são, e longe de mim tentar discursar sobre o que não consigo projectar. Consigo imaginar um mundo longe destes meus desabafos. Mas não imagino uma existência em que todos os irritados seriam acalmados. Em que todos os poetas seriam sóbrios. Todos os apaixonados, simplesmente odiados. Todos os ricos, apenas pobres e alegres. Enfim, se calhar escapa-me o que esta possibilidade de por tudo do avesso representa. Não alcanço e admito que não percebo, o que esta diferença permitiria. Não a faço, não a imagino.
Mas se me é permitido, tentarei elaborar uma curta visão deste mundo fantasia. Neste mundo, em que tudo é diferente, seria interessante ver que: sairíamos pelas janelas e abríamos as portas para deixar o ar e os seres rastejantes entrarem; andávamos com as mãos e não com os pés; e seriam os cães a passear-nos, nós a brincar todo o dia e a desejar incontestavelmente o nosso passeio pelo parque, e os cães, por seu lado, passariam as tardes a fumarem cachimbo e a lerem o jornal.
À proposta de por tudo diferente, ignoro-a. Que não me canse a minha mente já estoirada. Que não me pergunte sobre o diferente. Se o diferente é fora do comum, nada é diferente e tudo é igual. Ninguém é único pois todos se copiam. Nada é original, pois é logo copiado e feito em série. Limito-me a ver que, se tudo fosse diferente, seríamos felizes. Pois não o somo agora, em que tudo é igual ao que era ontem. Não somos felizes. Eu pelo menos não sou.
Felizmente.
Sorriso Ingrato - 31.03.09
Penso que se tudo fosse diferente, seria uma confusão. As coisas já são assim há tanto tempo, que me custa imaginar. E não afirmo esta dificuldade, por ter uma visão instruída para olhar em frente, não. Digo-o apenas, pois o “tudo” hoje é simples para quem o vive, apesar de complicado para quem o recusa. Aliás, para quem ainda tem paciência para o recusar. Porque de uma coisa não duvido, passa-nos na cabeça pelo menos uma vez, recusar o mundo como ele é. Até se revelar um projecto demasiado grande para nós. Imagino se fosse o contrário. A verdade é que as coisas são como são, e longe de mim tentar discursar sobre o que não consigo projectar. Consigo imaginar um mundo longe destes meus desabafos. Mas não imagino uma existência em que todos os irritados seriam acalmados. Em que todos os poetas seriam sóbrios. Todos os apaixonados, simplesmente odiados. Todos os ricos, apenas pobres e alegres. Enfim, se calhar escapa-me o que esta possibilidade de por tudo do avesso representa. Não alcanço e admito que não percebo, o que esta diferença permitiria. Não a faço, não a imagino.
Mas se me é permitido, tentarei elaborar uma curta visão deste mundo fantasia. Neste mundo, em que tudo é diferente, seria interessante ver que: sairíamos pelas janelas e abríamos as portas para deixar o ar e os seres rastejantes entrarem; andávamos com as mãos e não com os pés; e seriam os cães a passear-nos, nós a brincar todo o dia e a desejar incontestavelmente o nosso passeio pelo parque, e os cães, por seu lado, passariam as tardes a fumarem cachimbo e a lerem o jornal.
À proposta de por tudo diferente, ignoro-a. Que não me canse a minha mente já estoirada. Que não me pergunte sobre o diferente. Se o diferente é fora do comum, nada é diferente e tudo é igual. Ninguém é único pois todos se copiam. Nada é original, pois é logo copiado e feito em série. Limito-me a ver que, se tudo fosse diferente, seríamos felizes. Pois não o somo agora, em que tudo é igual ao que era ontem. Não somos felizes. Eu pelo menos não sou.
Felizmente.
Sorriso Ingrato - 31.03.09
segunda-feira, 30 de março de 2009
Se tudo fosse diferente...
Se tudo fosse diferente agora sorria... e não seriam palavras tristes as que inundam a alma. Mas, se tudo fosse diferente, as recordações seriam outras e eu gosto destas.
Se tudo fosse diferente eu não me perder-me-ia na (in)diferença, mas, provavelmente também não me acharia tão certa do que sou: aparentemente (in)diferente.
domingo, 22 de março de 2009
Desabafo (2 de 100)
No fundo o que eu queria era uma família. Era poder contar com uma casa cheia de gente. Dois filhos educados Uma mulher que me ame. Um cão brincalhão. E uma fonte de rendimento suficiente. Não peço muito. Peço o sonho citadino. NEM em sonhos sou original. É terrível. É horrível. É uma merda. Oiço sons e músicas de artistas demasiado bem pagos. Tento me distrair. Vejo futebol, atletas que recebem por alguns dias de trabalho, mais do que eu alguma vez receberei por ano. Vejo-os a brilharem para mim. Espero que seja para mim. Todo resolve-se numa grande confusão de hábitos e costumes presumíveis. Perco tempo com idiotices preocupantes. Sou um tolo. Sou um idiota. Sou inútil. Nem é a auto-estima que me falta, é mesmo a inteligência. Reconheço a minha falta de esperteza, e contudo, não me sinto de nenhum modo mais inteligente.
Gostava de expressar esta minha angústia. Gostava de descobrir a melhor maneira de me fazer entender. Mas só consigo contar com estas palavras. Com esta pouca gramática que não esqueço. Estes sons viciados. Estas maneiras demasiado comuns. Demasiado estúpidas. Incompreendidas. Fracas. Que ódio. Sinto me sujo. Sinto-me incompleto. Gostava de poder ter uma família. Daquelas que aparecem nos filmes. Nos posters de publicidade. A particionar um produto qualquer, com um rótulo engraçado e uma utilidade sem dúvida dispensável. E aí ficaria, calmo e sereno. Sem preocupações ou confusões. Desde que pudesse sorrir. Que me pudesse dar por satisfeito. Sossegado. Alegre. Com um sorriso branco. Um filho aos pulos. Um cão com a língua de fora. Uma mulher a abraçar-me. Uma casa com móveis limpos e uma varanda fantástica. Uma comida na mesa e uma inocência gigante.
Entendo as drogas. Entendo a bebida. Entendo a loucura. Que razão temos nós para ficarmos sóbrios? A existência é a descer e contudo, procuramos cultivar um corpo que não aproveitamos. Desperdiçamos tempo com programas idiotas e incultos. Caminhadas longas e gente oca. Entendo quem quer fugir. Não valorizo a coragem de quem se levanta e enfrenta a vida. A vida? Qual vida? É corajoso erguer o pescoço e enfrentar uma sociedade que nos abafa? Que nos controla? Que nos manda parar e obedecer? Onde está a coragem, pois não a vejo. É ridículo, não há coragem em enfrentar uma sociedade em que a minoria manda e mata. E o resto abafa no silêncio. A coragem está em quem entende que é preciso saltar. Que é preciso sair daqui. Porra abandonar o navio! E quem sabe, fazer alguma coisa de jeito. Saltar para fora e tentar a sorte, longe deste barco que vagueia por mau porto. Aluanar-se em silencio. Ou foder o sistema. O homem por de trás da cortina. É preciso cortar-lhe o pescoço, que está demasiado alto e que tudo vê. É preciso abafar o seu poder. É preciso magoar, para poder viver. Finalmente viver.
Gostava de expressar esta minha angústia. Gostava de descobrir a melhor maneira de me fazer entender. Mas só consigo contar com estas palavras. Com esta pouca gramática que não esqueço. Estes sons viciados. Estas maneiras demasiado comuns. Demasiado estúpidas. Incompreendidas. Fracas. Que ódio. Sinto me sujo. Sinto-me incompleto. Gostava de poder ter uma família. Daquelas que aparecem nos filmes. Nos posters de publicidade. A particionar um produto qualquer, com um rótulo engraçado e uma utilidade sem dúvida dispensável. E aí ficaria, calmo e sereno. Sem preocupações ou confusões. Desde que pudesse sorrir. Que me pudesse dar por satisfeito. Sossegado. Alegre. Com um sorriso branco. Um filho aos pulos. Um cão com a língua de fora. Uma mulher a abraçar-me. Uma casa com móveis limpos e uma varanda fantástica. Uma comida na mesa e uma inocência gigante.
Entendo as drogas. Entendo a bebida. Entendo a loucura. Que razão temos nós para ficarmos sóbrios? A existência é a descer e contudo, procuramos cultivar um corpo que não aproveitamos. Desperdiçamos tempo com programas idiotas e incultos. Caminhadas longas e gente oca. Entendo quem quer fugir. Não valorizo a coragem de quem se levanta e enfrenta a vida. A vida? Qual vida? É corajoso erguer o pescoço e enfrentar uma sociedade que nos abafa? Que nos controla? Que nos manda parar e obedecer? Onde está a coragem, pois não a vejo. É ridículo, não há coragem em enfrentar uma sociedade em que a minoria manda e mata. E o resto abafa no silêncio. A coragem está em quem entende que é preciso saltar. Que é preciso sair daqui. Porra abandonar o navio! E quem sabe, fazer alguma coisa de jeito. Saltar para fora e tentar a sorte, longe deste barco que vagueia por mau porto. Aluanar-se em silencio. Ou foder o sistema. O homem por de trás da cortina. É preciso cortar-lhe o pescoço, que está demasiado alto e que tudo vê. É preciso abafar o seu poder. É preciso magoar, para poder viver. Finalmente viver.
certeza da dúvida
Vai-me na alma a dúvida de como se suporta a dor que a ciência desconhece…, no coração a vontade de bater certo... e na esperança a força de ser capaz.
sábado, 21 de março de 2009
Cultivo-a para ti, Déb
Cultivo uma rosa vermelha
Para meu amor verdadeiro....
Ainda que...
Me arranque o coração por inteiro...
terça-feira, 17 de março de 2009
Reflexo
A escrita, no que diz respeito à minha, é uma forma de expressão sem censura, quer em redacções, textos argumentativos, poemas, em todas as formas literárias possíveis. É o meu refúgio, onde vou buscar apoio para filosofias e sentimentos. Poder-se-à dizer, e correctamente, que ela é o meu reflexo, como se estivesse me olhando num espelho ou, ocasionalmente, olhando para o mar contemplando um reflexo pouco perceptível perturbado pelas suas movimentações e ondulações. Revendo-me em qualquer um, todavia, faz com que me deixe de sentir um bloco preso e estagnado no fundo do oceano, limitado pelas condições que o envolvem, emergindo à superfície e tornando-se uma nuvem que pode escolher a corrente de ar que lhe convém. A escrita ganha vida e a criatividade renasce.
Que efeito tem a escrita em mim?
Porque é que escrevo? Porque posso. E se não pudesse, escrevia à mesma. E para mim, surge-me como uma resposta inabalável e sem dúvida inquestionável. Escrevo, porque posso. E quando escrevo, solto-me das correntes que me prendem. Valorizo os sentimentos que partilho. Admiro o mundo em vivo. E esqueço os preconceitos que nos desunem. Porque quando escrevo, o mundo é meu. Uma folha branca é como um quadro por pintar. Eu sou o artista. Eu sou o alfa e o ómega, a menos que me falte a tinta na caneta. Eu sou aquele que ordena e comanda as minhas acções. Eu sou quem quiser ser. Que raio, eu não sou eu! Eu sou tudo. E como tudo que sou, quando escrevo, sou quem quiser. Posso partir de um ponto e ser um indivíduo louco a descrever mais um dos meus desejos reprimidos. Salto num segundo e sou uma inocente criança a questionar-me sobre a mente adulta e a sua deficiente capacidade motora. Voo e ergo-me como um homem de uma justiça incomparável, lanço o meu olhar confiante, e mato dragões e outros monstros de cabeça dura. Perco o olhar de justiceiro e levanto a cara numa tarde chuvosa. Sou agora um boémio e um vagabundo da vida. Escrevo poesia e prosa num sótão com vista sobre Paris.
Eis a razão porque escrevo. Porque posso ser tudo, sem nunca deixar de ser quem sou. E com isto, não quero parecer um entristecido que sofre de uma dúvida existencial e que foge para dentro de personagens cativantes, apenas por não gostar da fase que vê sempre ao espelho. Não, eu até gosto de quem sou. E por gostar de ser eu mesmo, é que preciso de escrever. Pois cansa-me sentir que nunca irei mudar. Cansa-me estar tão satisfeito comigo mesmo, que sinto que há tanta vida que estou a perder. Tantas verdades alternativas que não estou a viver. E nunca terei tempo suficiente, para ser tudo. Nunca irei combater dragões, nem nunca serei um indivíduo com uma infância diferente. E a escrita, permite-me ser tudo e contudo, ser sempre o mesmo. E faço-o inúmeras vezes, quase num acto sobre-humano. Nem que seja apenas numa folha A4 e sempre o mesmo estilo de letra.
E quando ponho para o papel, tudo aquilo que sinto, tudo aquilo que quero dizer, uma sensação única percorre-me. Como se tudo fizesse sentido. Como se a minha existência tivesse algo palpável. Algo para admirar. Algo para elogiar. Algo para relembrar. Para me sentir mais do que um indivíduo numa foto. Mais do que um simples nome numa lista. E sinto tudo isto, ainda sozinho. No meu canto. Com um papel e uma caneta. Sinto-me único e especial, pois nunca me sinto sozinho, apesar de aparentemente ninguém me rodear. Sou eu próprio e como quero ser. E isso, ninguém me tira.
Ingratidão – 17.03.09
Eis a razão porque escrevo. Porque posso ser tudo, sem nunca deixar de ser quem sou. E com isto, não quero parecer um entristecido que sofre de uma dúvida existencial e que foge para dentro de personagens cativantes, apenas por não gostar da fase que vê sempre ao espelho. Não, eu até gosto de quem sou. E por gostar de ser eu mesmo, é que preciso de escrever. Pois cansa-me sentir que nunca irei mudar. Cansa-me estar tão satisfeito comigo mesmo, que sinto que há tanta vida que estou a perder. Tantas verdades alternativas que não estou a viver. E nunca terei tempo suficiente, para ser tudo. Nunca irei combater dragões, nem nunca serei um indivíduo com uma infância diferente. E a escrita, permite-me ser tudo e contudo, ser sempre o mesmo. E faço-o inúmeras vezes, quase num acto sobre-humano. Nem que seja apenas numa folha A4 e sempre o mesmo estilo de letra.
E quando ponho para o papel, tudo aquilo que sinto, tudo aquilo que quero dizer, uma sensação única percorre-me. Como se tudo fizesse sentido. Como se a minha existência tivesse algo palpável. Algo para admirar. Algo para elogiar. Algo para relembrar. Para me sentir mais do que um indivíduo numa foto. Mais do que um simples nome numa lista. E sinto tudo isto, ainda sozinho. No meu canto. Com um papel e uma caneta. Sinto-me único e especial, pois nunca me sinto sozinho, apesar de aparentemente ninguém me rodear. Sou eu próprio e como quero ser. E isso, ninguém me tira.
Ingratidão – 17.03.09
segunda-feira, 16 de março de 2009
... sou eu
O que escrevo é que o consigo dar de mim... é o rosto dos gestos, dos dias... É do que sinto o que ganha palavras.
O que escrevo sou eu na forma que me sei dizer.
domingo, 15 de março de 2009
A minha escrita.
Eu escrevo conforme as palavras querem sair. Penso no tudo e no nada. Preencho-me. Sinto-me feliz nos instantes em q as palavras me dominam e satisfaço-me. Não penso em ninguém. Só me quero a mim. A minha mente, perversa, complicada, dominada de pensamentos tem asas.
Eu acordo sem saber quem sou, tudo depende.
Escrevo. Solto-me. Eu posso ser quem quero, posso ser o que quero. A minha imaginação leva-me a todo o lado e grito.
A minha escrita sou eu. Que coisa há de melhor para mim?
Eu acordo sem saber quem sou, tudo depende.
Escrevo. Solto-me. Eu posso ser quem quero, posso ser o que quero. A minha imaginação leva-me a todo o lado e grito.
A minha escrita sou eu. Que coisa há de melhor para mim?
sexta-feira, 13 de março de 2009
Início, meio e fim
Os começos tem uma razão, um impulso que nos leva a tomá-los, uns conscientemente e outros tantos não. Todo o ciclo das coisas tem um início, um meio e um fim não obstante a sua duração, tal como este texto, independentemente do seu tamanho.
Não sei por onde dar novos começos e a quê respectivamente, e quando os dou são, decerto, quase inconscientes. No presente momento encontro-me, isto se a minha vida fosse uma competição desportiva, na fase regular, os playoffs, altura das decisões importantes, de onde surgem os começos, virão mais tarde.
Um novo começo portanto, sabe-se lá de quê, nesta minha vida passageira, faria agora sentido nenhum (tal como o título deste texto...).
Não sei por onde dar novos começos e a quê respectivamente, e quando os dou são, decerto, quase inconscientes. No presente momento encontro-me, isto se a minha vida fosse uma competição desportiva, na fase regular, os playoffs, altura das decisões importantes, de onde surgem os começos, virão mais tarde.
Um novo começo portanto, sabe-se lá de quê, nesta minha vida passageira, faria agora sentido nenhum (tal como o título deste texto...).
quarta-feira, 11 de março de 2009
... quase de novo
Começo sempre diferente... com sonhos mais altos e mais medo de sonhar.
Começo sempre cheia de passados quase vazios e pés assentes num futuro ainda cheio de vazio e sonhos.
Começo sempre... quase de novo.
Começo sempre cheia de passados quase vazios e pés assentes num futuro ainda cheio de vazio e sonhos.
Começo sempre... quase de novo.
sexta-feira, 6 de março de 2009
O que seria um novo Começo, agora
Vamos começar. Pergunto-me então, como posso acabar? Como posso acabar tudo aquilo que comecei. Quero por fim. Quero mudar. Posso, e vou mudar. Não sei é como. É sempre complicado mudar. Faz parte do ser humano procurar a perfeição. Procurar a segurança, o bem-estar e tudo o que é bom. E para isso, estamos em constante mudança. Porque na nossa cabeça estúpida e idiota, ignoramos que é impossível estarmos bem. É impossível estarmos numa inquestionável segurança. Num bem-estar impenetrável. Numa vida perfeita.
Mas decido mudar. Decido mudar agora. Agora que tudo parece correr bem. E porque este desejo? Porque me sinto insatisfeito. Sinto-me cansado das mesmas atitudes e gostos. Das mesmas faces e caminhadas angustiantes. E portanto vou mudar. Será que devo abdicar do que tenho, para mudar? A mudança requer uma alteração. Uma concentração. Uma morte e um nascimento, premeditado, calculado. Arriscado, sem dúvida. Será que quero correr esse risco? Fugir desta falsa segurança que tanto me garante e dá.
Mudar, para melhor. Não estarei eu bem? Tanto me falam em mudar. Em saltar e arriscar. Mas eu gosto como estou. Gosto de quem sou. Gosto de ser como sou. Contudo, entristeço-me várias vezes. Entristece-me ver que nem sempre dou o meu melhor. Que olho em silêncio as consequências terríveis das minhas acções incompreendidas. E sinto-me mal. Sinto que seria capaz de tudo. Que seria capaz de agir e multiplicar-me. Que nada representa o impossível. E que sou capaz de tudo, se apenas mudar e me tornar em alguém diferente.
Mais competente. Mais inteligente. Mais forte. Preciso de mudar! Tantas promessas. Tantas esperanças. Tudo seria melhor, se apenas mudasse. Se fosse mais do que sou. Se fosse capaz de ultrapassar a barreira que me defende. Que me impede de sair. De saltar desta falsa segurança. Basta-me querer. Basta-me saber, que tudo será melhor. Um pequeno esforço, um pequeno salto. Mas não. Fico-me por aqui. Este é a minha vida. Não vou fazer saltos repentinos. Talvez, se tudo correr. Se sentir que o mundo está a desabar, e que eu não me aguento.
Aí, sim mudarei. Mas agora? Agora fico-me por aqui.
6.03.09
Mas decido mudar. Decido mudar agora. Agora que tudo parece correr bem. E porque este desejo? Porque me sinto insatisfeito. Sinto-me cansado das mesmas atitudes e gostos. Das mesmas faces e caminhadas angustiantes. E portanto vou mudar. Será que devo abdicar do que tenho, para mudar? A mudança requer uma alteração. Uma concentração. Uma morte e um nascimento, premeditado, calculado. Arriscado, sem dúvida. Será que quero correr esse risco? Fugir desta falsa segurança que tanto me garante e dá.
Mudar, para melhor. Não estarei eu bem? Tanto me falam em mudar. Em saltar e arriscar. Mas eu gosto como estou. Gosto de quem sou. Gosto de ser como sou. Contudo, entristeço-me várias vezes. Entristece-me ver que nem sempre dou o meu melhor. Que olho em silêncio as consequências terríveis das minhas acções incompreendidas. E sinto-me mal. Sinto que seria capaz de tudo. Que seria capaz de agir e multiplicar-me. Que nada representa o impossível. E que sou capaz de tudo, se apenas mudar e me tornar em alguém diferente.
Mais competente. Mais inteligente. Mais forte. Preciso de mudar! Tantas promessas. Tantas esperanças. Tudo seria melhor, se apenas mudasse. Se fosse mais do que sou. Se fosse capaz de ultrapassar a barreira que me defende. Que me impede de sair. De saltar desta falsa segurança. Basta-me querer. Basta-me saber, que tudo será melhor. Um pequeno esforço, um pequeno salto. Mas não. Fico-me por aqui. Este é a minha vida. Não vou fazer saltos repentinos. Talvez, se tudo correr. Se sentir que o mundo está a desabar, e que eu não me aguento.
Aí, sim mudarei. Mas agora? Agora fico-me por aqui.
6.03.09
O meu novo começo
O meu começo é hoje. Foi ontem. Será amanhã. Já não tenho dia certo, data marcada, vida.
O novo é hoje. São todos os dias que acordo, que recomeço. Que espero. Anseio. Perdida nos momentos vazios, eu aguardo, sem sonhar, o meu começo.
Naqueles tempos eu parei. Eu sentia, recordava e lembrava. Tinha motivos e razões, não precisava de nada mais.
Ser de hábitos, eu.
Habituei o meu ser a rir, a chorar, a divertir e a sonhar. Fiz todos, incluindo eu, acreditar naquilo que eu quis ser. Aquilo que eu era não chegava, nem servia. Tentei sempre ser melhor, tentei quase sempre estar à altura do que esperavam para mim. E não valeu a pena. Nem vale.
Eu lembro-me dos dias que acordava e era igual a dormir. Em que o vazio era grande. Nos dias em que eu, tal como desenho animado, tinha uma grande nuvem preta por cima de mim. Tentei tudo. O que devia e o que não devia. Fracassei. Quantas vezes, quantas… Os planos que fiz, já lá vão. Longe, tão longe.
Como sempre tentar não chegou, não foi suficiente, como nunca é. Eu encontrei sempre o nada a minha espera e eu quis sempre o tudo. Os olhares não eram nem são suficientes. Sinto-me fechada. Feia. Tenho um ar no lugar do coração, lá não há nada, não pode. Torno tudo físico, externo, e finjo. Finjo que sou feliz e realizada. Finjo que valeu a pena e que aproveitei. Finjo.
É… Isso eu sei fazer. Valorizo-me na mentira e no parecer. A ilusão.
E depois houve aquele dia. Sozinha, eu não aguentava mais. Eu não conseguia acordar, dói tanto, a ausência de sentir, de tudo e do nada. Eu não conseguia sorrir. Não conseguia pensar. E sentei-me. No chão duma casa de banho. A minha casa de banho. Nem isso era meu. Água. E o que precisava para tentar ao meu lado. A minha cara estava molhada, as lágrimas. Esvaziei. Tinha que ser. Mas até nisso fui fraca. Hoje não sei o que tinha sido melhor.
Uns tempos depois fui feliz, amei e sorri, quase que parecia real, quase que era possível. E eu quis para sempre, lutei para sempre. Mas não há para sempre. Não existe. Não para mim. E eu senti-me fracassar outra vez na única coisa que eu achava ter feito bem. Não é justo. Nada foi para mim. Nunca. Sinto-me uma pobre coitada. Durante os meus fingimentos tenho pena de gente como eu, e de alguns nem isso, consigo dizer que são pessoas que não querem nada disto que chamamos vida e são assim porque querem. Não são. E eu sei que não.
A noite é o meu lugar. A minha cama. Permito-me ser eu nos meus quinze minutos deitada antes de adormecer. Eu choro. Eu sofro. Eu sou eu. Infeliz. Insegura. Fraca. Carente. Sozinha. Tão sozinha.
E no dia a seguir acordo. E recomeço. Todos os dias. O meu novo começo.
O novo é hoje. São todos os dias que acordo, que recomeço. Que espero. Anseio. Perdida nos momentos vazios, eu aguardo, sem sonhar, o meu começo.
Naqueles tempos eu parei. Eu sentia, recordava e lembrava. Tinha motivos e razões, não precisava de nada mais.
Ser de hábitos, eu.
Habituei o meu ser a rir, a chorar, a divertir e a sonhar. Fiz todos, incluindo eu, acreditar naquilo que eu quis ser. Aquilo que eu era não chegava, nem servia. Tentei sempre ser melhor, tentei quase sempre estar à altura do que esperavam para mim. E não valeu a pena. Nem vale.
Eu lembro-me dos dias que acordava e era igual a dormir. Em que o vazio era grande. Nos dias em que eu, tal como desenho animado, tinha uma grande nuvem preta por cima de mim. Tentei tudo. O que devia e o que não devia. Fracassei. Quantas vezes, quantas… Os planos que fiz, já lá vão. Longe, tão longe.
Como sempre tentar não chegou, não foi suficiente, como nunca é. Eu encontrei sempre o nada a minha espera e eu quis sempre o tudo. Os olhares não eram nem são suficientes. Sinto-me fechada. Feia. Tenho um ar no lugar do coração, lá não há nada, não pode. Torno tudo físico, externo, e finjo. Finjo que sou feliz e realizada. Finjo que valeu a pena e que aproveitei. Finjo.
É… Isso eu sei fazer. Valorizo-me na mentira e no parecer. A ilusão.
E depois houve aquele dia. Sozinha, eu não aguentava mais. Eu não conseguia acordar, dói tanto, a ausência de sentir, de tudo e do nada. Eu não conseguia sorrir. Não conseguia pensar. E sentei-me. No chão duma casa de banho. A minha casa de banho. Nem isso era meu. Água. E o que precisava para tentar ao meu lado. A minha cara estava molhada, as lágrimas. Esvaziei. Tinha que ser. Mas até nisso fui fraca. Hoje não sei o que tinha sido melhor.
Uns tempos depois fui feliz, amei e sorri, quase que parecia real, quase que era possível. E eu quis para sempre, lutei para sempre. Mas não há para sempre. Não existe. Não para mim. E eu senti-me fracassar outra vez na única coisa que eu achava ter feito bem. Não é justo. Nada foi para mim. Nunca. Sinto-me uma pobre coitada. Durante os meus fingimentos tenho pena de gente como eu, e de alguns nem isso, consigo dizer que são pessoas que não querem nada disto que chamamos vida e são assim porque querem. Não são. E eu sei que não.
A noite é o meu lugar. A minha cama. Permito-me ser eu nos meus quinze minutos deitada antes de adormecer. Eu choro. Eu sofro. Eu sou eu. Infeliz. Insegura. Fraca. Carente. Sozinha. Tão sozinha.
E no dia a seguir acordo. E recomeço. Todos os dias. O meu novo começo.
domingo, 1 de março de 2009
esperança...
É de que cor? De todas as cores?
Tem som? Como nos fala? (En)Canta?
E tamanho? Tem tamanho?
Deve ser tão velhinha... Sempre ouvi dizer que é a última a morrer...
(Tchii...) Deve ser mesmo forte, resistente... saudável! E já deve ter uma família tão grande. Deve ser giro conhecer tanta gente e fazer parte dela. Será que não se esquece de ninguém?
Acho que é assim a esperança... embora nunca a soubesse pintar. Acho que é um mar de dúvidas que nos mantém acordados na expectativa da(s) resposta(s). Acho que é uma magia que nos pertence.
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Esperança
Ultimamente muito se tem falado sobre a esperança, graças, claro está, ao grave período de crise que Portugal e o resto do mundo atravessa neste preciso momento. Muitas vezes me foi dito para ter esperança para, por exemplo, cumprir os objectivos aos quais me propunha, porém nunca gostei de ouvir este paraíso dos cépticos que a esperança é e que tanto declamavam, uma vez que nunca fui dotado de uma grande virtude denominada paciência, portanto digamos, porque é a mais pura das verdades, que sou uma pessoa impaciente.
Creio que ter esperança não fica muito longe de ter paciência e muitas coisas se perdem por excesso desta última, e tal como me ensinaram desde pequenino tudo em excesso faz mal. No que sucede hoje em dia presumo que a impaciência se deveria evidenciar um pouco mais para que aqueles que nos atiram areia aos olhos e nos alimentam de esperanças comecem a aprender algo.
Creio que ter esperança não fica muito longe de ter paciência e muitas coisas se perdem por excesso desta última, e tal como me ensinaram desde pequenino tudo em excesso faz mal. No que sucede hoje em dia presumo que a impaciência se deveria evidenciar um pouco mais para que aqueles que nos atiram areia aos olhos e nos alimentam de esperanças comecem a aprender algo.
Ela foi-se, eu fiquei.
A minha esperança um dia foi-se, cansou-se de estar sentada.
Diz-se que temos que ter esperança, que esse deve ser aquele tal sentimento que devemos preservar, acima de todos os outros, que nos protege.
Já não acredito.
Nem todos os sentimentos se preservam, nenhum é eterno. As nossas atitudes e comportamentos incidem sobre aquilo que pensamos e sentimos, no entanto, há milhões de pessoas com depressão diagnosticada neste país - não me parece que a esperança ande por aí.
É de alguma forma incerto o dia de amanhã, mais incerto é o nosso jovem pensamento. Hoje afirmo na minha breve certeza de tudo, que a esperança se foi, se é que algum dia ela existiu.
Um dia fundamentei toda a minha vida na esperança do para sempre, o meu para sempre não existiu. E essa não era a primeira vez que eu fundamentava a minha vida nalgum tipo dessa tal esperança. Houve também um dia em que as minhas certezas diziam que justificava ter comportamentos baseados na esperança de ficar bem, mudar tudo cá dentro. Esses comportamentos também não ajudaram, e a esperança também se foi.
A verdade é que nada se baseia na esperança do que poderá vir a ser, e é tão mais fácil viver apenas com o presente, na certeza da existência do futuro, sem esperar os benefícios que ele poderá trazer.
E esta não é a primeira vez que penso na esperança, e não é certamente a primeira vez que concluo que a esperança é o sonho de grandiosidade que todos anseiam, a esperança é o desejo por algo físico e palpável, sempre maior e melhor. Raras são as excepções. A esperança é como tudo, injusta.
Um dia vou querer dizer que esperei, que acreditei e valeu a pena, o destino guardava-me algo que eu não iria odiar, que me fizesse querer estar presente, que me fizesse acreditar que a esperança existiu e valeu a pena.
Um dia eu quero saber que fui feliz, e que esperar e acreditar me ajudou. Deu-me oportunidade de sonhar e ir mais longe, procurar o meu melhor. Porque eu sou o comum mortal, egoísta e fraco, cuido-me.
Foi tempo.
Diz-se que temos que ter esperança, que esse deve ser aquele tal sentimento que devemos preservar, acima de todos os outros, que nos protege.
Já não acredito.
Nem todos os sentimentos se preservam, nenhum é eterno. As nossas atitudes e comportamentos incidem sobre aquilo que pensamos e sentimos, no entanto, há milhões de pessoas com depressão diagnosticada neste país - não me parece que a esperança ande por aí.
É de alguma forma incerto o dia de amanhã, mais incerto é o nosso jovem pensamento. Hoje afirmo na minha breve certeza de tudo, que a esperança se foi, se é que algum dia ela existiu.
Um dia fundamentei toda a minha vida na esperança do para sempre, o meu para sempre não existiu. E essa não era a primeira vez que eu fundamentava a minha vida nalgum tipo dessa tal esperança. Houve também um dia em que as minhas certezas diziam que justificava ter comportamentos baseados na esperança de ficar bem, mudar tudo cá dentro. Esses comportamentos também não ajudaram, e a esperança também se foi.
A verdade é que nada se baseia na esperança do que poderá vir a ser, e é tão mais fácil viver apenas com o presente, na certeza da existência do futuro, sem esperar os benefícios que ele poderá trazer.
E esta não é a primeira vez que penso na esperança, e não é certamente a primeira vez que concluo que a esperança é o sonho de grandiosidade que todos anseiam, a esperança é o desejo por algo físico e palpável, sempre maior e melhor. Raras são as excepções. A esperança é como tudo, injusta.
Um dia vou querer dizer que esperei, que acreditei e valeu a pena, o destino guardava-me algo que eu não iria odiar, que me fizesse querer estar presente, que me fizesse acreditar que a esperança existiu e valeu a pena.
Um dia eu quero saber que fui feliz, e que esperar e acreditar me ajudou. Deu-me oportunidade de sonhar e ir mais longe, procurar o meu melhor. Porque eu sou o comum mortal, egoísta e fraco, cuido-me.
Foi tempo.
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
A Esperança nesta minha humanidade
Flutuo alto. Não baixo, em baixo ficam os frágeis e tolos. Voou longe. Estou sem esperança.
Para onde foi esse sentimento de esperança. Esse sorriso e essa vendeta? Algures no tempo. Numa caverna esconde-se o ultimo refúgio do além. Do ser em busca de um doce tocar de renovação, e intelectualização. Na ordem. Na sua ordem. A ordem que devia ser a que rege e elege o que se deve fazer. A seguir, e não vou fingir, vem a minha confissão: não tenho esperança. Mas por esta altura já é perceptível o sentimento de pura desilusão. Desilusão pois fiz questão de ter sempre razão, quando procurava edificar princípios para os cultos e incultos.
A esperança, essa que aguarde e fique, na mente das crianças. Aquelas que ainda esperam pelo que desejam ver feito. Aqueles que sonham e se portam bem, na espera aguardada, claro, de verem o seu esforço ser recompensado pelo seu elaborado trabalho. Mas nada se mexe. Tudo enlouquece. A espera é cansativa, dedutiva e certamente conclusiva. Nada acontece. E este ser, que aprendeu que quem espera, nunca alcança, decide agir. Digo-o, de minha justiça, pois também eu fui assim.
Hoje não. Hoje soletro o que penso. Reflicto no que compreendo. E por vezes, digo de minha justiça o que é, mesmo não sendo. Hoje sou um insubordinado, não pertenço a ninguém e não sou preso ou aficionado a nada, nem a um ser humano, ou a uma qualquer maioria eleitoral. Hoje sou um símbolo na minha mente de siglas e códigos lógicos, sem relógios. Ninguém cumpre horários na minha mente. Hoje, sou um ser esperança. E sem esperança, nada espero. Faço tudo por minha conta. É uma doença confiar em alguém. Não confio em mais ninguém. Sou eu que rego e ordeno o meu ser e parecer. Ninguém irá fazer nada por mim, não porque não me apreciem, mas porque dispenso ajuda. Dispenso que me façam erguer o meu sorriso, num agradecimento. Se um dia o faço, lentamente enlouqueço!
Não. Hoje não tenho esperança. Hoje sei que a humanidade se rege por um parecer imprevisível. Nem da incerta humanidade eu espero a sua imperfeição. Não espero, pois se esperasse, teria esperança. E não me rego por esse sentimento. Eu sigo por um caminho. O meu caminho. E o meu caminho não tem sentido, por isso, não o entendam. Não o esquematizem. Não o matematizem, nem o percebam. Não quero que o façam, nem agora nem nunca. E retiro o que disse, chamei à humanidade imperfeita pela sua imprevisibilidade. Quero que a humanidade continue assim e não entendem o que disse como critica. Já perdi a esperança na humanidade, mas não perdi o interesse. A humanidade continua-me a surpreender. A sua genialidade em corromper e maltratar os seus princípios e ideias, é de loucos. É de poucos e é de louvar. Continuem, por favor.
Que me distraiam. E que me façam pensar noutros assuntos. Noutras coisas que não a minha falta de esperança. A minha falta de edificação, no meu coração. Na rara alteração da minha percepção, nesta óbvia podridão. Por favor, continuem. São imprevisíveis. Não tenho mais esperança em ti, humanidade.
24.02.09
Para onde foi esse sentimento de esperança. Esse sorriso e essa vendeta? Algures no tempo. Numa caverna esconde-se o ultimo refúgio do além. Do ser em busca de um doce tocar de renovação, e intelectualização. Na ordem. Na sua ordem. A ordem que devia ser a que rege e elege o que se deve fazer. A seguir, e não vou fingir, vem a minha confissão: não tenho esperança. Mas por esta altura já é perceptível o sentimento de pura desilusão. Desilusão pois fiz questão de ter sempre razão, quando procurava edificar princípios para os cultos e incultos.
A esperança, essa que aguarde e fique, na mente das crianças. Aquelas que ainda esperam pelo que desejam ver feito. Aqueles que sonham e se portam bem, na espera aguardada, claro, de verem o seu esforço ser recompensado pelo seu elaborado trabalho. Mas nada se mexe. Tudo enlouquece. A espera é cansativa, dedutiva e certamente conclusiva. Nada acontece. E este ser, que aprendeu que quem espera, nunca alcança, decide agir. Digo-o, de minha justiça, pois também eu fui assim.
Hoje não. Hoje soletro o que penso. Reflicto no que compreendo. E por vezes, digo de minha justiça o que é, mesmo não sendo. Hoje sou um insubordinado, não pertenço a ninguém e não sou preso ou aficionado a nada, nem a um ser humano, ou a uma qualquer maioria eleitoral. Hoje sou um símbolo na minha mente de siglas e códigos lógicos, sem relógios. Ninguém cumpre horários na minha mente. Hoje, sou um ser esperança. E sem esperança, nada espero. Faço tudo por minha conta. É uma doença confiar em alguém. Não confio em mais ninguém. Sou eu que rego e ordeno o meu ser e parecer. Ninguém irá fazer nada por mim, não porque não me apreciem, mas porque dispenso ajuda. Dispenso que me façam erguer o meu sorriso, num agradecimento. Se um dia o faço, lentamente enlouqueço!
Não. Hoje não tenho esperança. Hoje sei que a humanidade se rege por um parecer imprevisível. Nem da incerta humanidade eu espero a sua imperfeição. Não espero, pois se esperasse, teria esperança. E não me rego por esse sentimento. Eu sigo por um caminho. O meu caminho. E o meu caminho não tem sentido, por isso, não o entendam. Não o esquematizem. Não o matematizem, nem o percebam. Não quero que o façam, nem agora nem nunca. E retiro o que disse, chamei à humanidade imperfeita pela sua imprevisibilidade. Quero que a humanidade continue assim e não entendem o que disse como critica. Já perdi a esperança na humanidade, mas não perdi o interesse. A humanidade continua-me a surpreender. A sua genialidade em corromper e maltratar os seus princípios e ideias, é de loucos. É de poucos e é de louvar. Continuem, por favor.
Que me distraiam. E que me façam pensar noutros assuntos. Noutras coisas que não a minha falta de esperança. A minha falta de edificação, no meu coração. Na rara alteração da minha percepção, nesta óbvia podridão. Por favor, continuem. São imprevisíveis. Não tenho mais esperança em ti, humanidade.
24.02.09
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Boas Vindas ao novo membro
Venho dar as boas vindas ao novo membro do blog, SerAlguemNoEscuro (que veio substituir o ausente Pedro F). Os contribuidores são agora 50%-50%, dois rapazes e duas raparigas. Esperemos que gostes da tua estadia neste blog.
O tema desta semana é a esperança, já esta sexta podes colocar aqui o teu primeiro texto, a partir de sexta e até domingo. Segunda surge um novo tema =)
Cumprimentos e bem-vinda!
O tema desta semana é a esperança, já esta sexta podes colocar aqui o teu primeiro texto, a partir de sexta e até domingo. Segunda surge um novo tema =)
Cumprimentos e bem-vinda!
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Música: Together we will live Forever
Para melhor expor a música que me toca, decidi fazer um vídeo, com um texto meu. Podem intreperta-lo como uma nova abordagem ao mundo da escrita. Mas no fundo, foi algo que me ocorreu quando ouvia esta música “Together we will live forever”, do fantástico filme “The Fountain”. Recomendo o filme, assim como a banda sonora.
Espero portanto, ao dar o meu contributo neste tema, que o blog seja relançado após este breve intervalo. Cumprimentos. (Ni, espero teu tema =)
Espero portanto, ao dar o meu contributo neste tema, que o blog seja relançado após este breve intervalo. Cumprimentos. (Ni, espero teu tema =)
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Olá!
Vim um pouquinho antes de Fevereiro... (peço desculpa pela aparente ausência... mas o tempo é mesmo mau amigo quando corre.)
É difícil escolher uma música... é difícil juntar tudo numa música... É difícil sermos e cabermos numa música. Talvez "Só" seja a minha música.
Só
Vim um pouquinho antes de Fevereiro... (peço desculpa pela aparente ausência... mas o tempo é mesmo mau amigo quando corre.)
É difícil escolher uma música... é difícil juntar tudo numa música... É difícil sermos e cabermos numa música. Talvez "Só" seja a minha música.
Só
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
sábado, 24 de janeiro de 2009
A música que me toca
Não tendo realizado o texto do tema anterior, relativo ao silêncio, faço-o em comunhão com este novo post, não entrando, portanto, em detalhes, pormenores, palavreado extenso. Apenas proponho que escutemos no silêncio da nossa alma a música que me toca e que, talvez, vos toque também.
Loneliness -
Loneliness -
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